Alice no país de Tim Burton.

“Meu Deus! Meu Deus! Como tudo é esquisito hoje. E ontem era tudo exatamente como de costume! Será que fui eu que mudei à noite? Deixe-me pensar: eu era a mesma quando eu levantei hoje de manhã? Eu estou quase achando que posso me lembrar de me sentir um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima pergunta é: Quem é que eu sou? Ah, essa é a grande charada.” (Alice no País das Maravilhas)

Como muitos já sabem, a incrível obra de Lewis Carroll vai para as telinhas. Para melhorar ainda mais a notícia, o filme tem a direção de Tim Burton. O diretor-ilustrador-genial de Batman, Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas, A Noiva Cadáver, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, entre outros filmes fantásticos com uma direção de arte marcante e traços um pouco sombrios. Os fãs (levantem a mão comigo) agradecem. Fãs do diretor e principalmente da fascinante e utópica história.

De uma estética impecável, o filme Alice no País das Maravilhas mergulha no mundo da fantasia com a participação de:



Mia Wasikowska (Alice),



Johnny Depp (Chapeleiro Maluco),


Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha) e


Anne Hathaway (Rainha Branca).

Pra quem está ansioso pelo filme que só vai chegar ao Brasil em 2010, pode curtir o trailer com gostinho de quero mais. Mas cuidado, ele pode causar certa nostalgia da infância. ;)

Vamos dançar!

Até o dia 25 de julho, Joinville estará em festa. Mas não é uma simples festa, é o 27º Festival de Dança. No último final de semana, tive a oportunidade de ir lá conferir o que estava rolando e aproveitar para comemorar com o maridão nosso 1º aniversário de casamento.

Como já era de se esperar, a cidade respirava e transpirava dança. Eu, como bailarina iniciante, estava deslumbrada com tantas músicas e coreografias e cores e bailarinos de todos os lugares. Parecia uma menina de 8 anos que acabou de ganhar sua sapatilha cor-de-rosa e está pronta para dançar o dia inteiro. Jura que tenho fôlego.

Enfim, um evento digno da fama e reconhecimento mundial que conquistou. Talvez não só pela dança, mas por fomentar a cultura na região e até mesmo no país. Um evento que reúne arte, paixão, tradições, técnicas e pessoas, muitas pessoas, e que ainda movimenta a cidade e sua economia, transformando a baixa temporada (dos praianos) em alta.

No caminho de volta fiquei pensando: e Floripa, a ilha da magia, por que será que perde seu encanto no inverno? Por que ela é mágica só no verão? Por que não há investimento, incentivo e projeto de eventos culturais nesta época do ano para movimentar a cidade e a economia? Por que não há um festival de dança ou artes plásticas ou qualquer outra arte que resgate a nossa cultura na baixa temporada? Por quê? Por quê?

Talvez seja uma área em que poucos empresários vejam como rentável para se investir. Talvez algumas pessoas achem que “o povo daqui não tem cultura”. Ou ainda não se deram conta da importância e da necessidade para esse povo, que tem na sua origem uma verdadeira riqueza cultural, açoriana ou não. E enquanto isso, a cultura vai ficando cada vez mais restrita e distante. E enquanto Joinville dança, Floripa dorme.

Antes de começar

Horário do almoço. Sento na frente do micro para fazer um freela. Mas, onde buscar “inspiração” para começar a tocar sequencialmente em uma infinidade de teclas, formando sílabas, palavras e textos? A vontade é grande, a tarefa é necessária, mas um anseio anônimo consome meus pensamentos, e tempo. Na tentativa de diminuir essa inquietação, abro minha bolsa. E, depois de alguns instantes procurando o objeto de meu desejo, encontro duas esferas douradas com um encantador adesivinho: Ferrero Rocher. Como uma criança que acaba de ganhar um presente de aniversário (desde que não seja roupa), meus olhos brilham. Com todo cuidado, abro aquela embalagem vagarosamente. Uma embalagem assim não pode ser rasgada. Deve ser aberta por partes, da mesma forma que se deve saborear o precioso e tentador bombom. Depois de alguns prazerosos instantes provocados pela serotonina e endorfina liberadas no sangue, continuo sem inspiração. Até porque “a inspiração” é tema para outro assunto, ou até um livro diante de tantas discussões já debatidas. E o tempo para fazer meu freela é ainda menor. Mas aquela estranha vontade só passa de verdade, quando paro para redigir este texto. É engraçado. Quando colocamos uma idéia no papel, seja numa folha de caderno ou num documento do Word, parece que os pensamentos se organizam instantaneamente e começam a andar em fila indiana. Por esse motivo, decido escrever o primeiro texto do meu blog. Só tem um detalhe: eu ainda não tenho um blog. Pelo menos o texto eu já tenho. É só eu terminar os jobs que estão na mesa, meu TCC, esse freela e... Nossa! O tempo passou voando. Vou aproveitar os últimos 15 minutinhos do horário de almoço pra fazer mais um pouco do meu freela. Será que ainda tem mais chocolate? :)